domingo, 29 de novembro de 2015

Um cordel para Tereza


Linda menina                              
Tão meiga Tereza                      
Florzinha delicada                       
Seu olhar que beleza                 
De cor canela                             
Olha como é bela!                        
Amada! Com certeza  
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Mãe já nasceu
Cuidando dos pequenos
Barro pisando, amassando
Pra sofrer menos
Mãos sujas, marrom
Dando formas de bom tom
Caxixis, vendendo e comendo
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Luta que não acaba
Mesmo em dias de caça
O amor se despede
Com um copo de cachaça
Tudo que peleja
E alvo de inveja
A conquista! É uma pirraça
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Vejo força em uma mulher
Que tem tanta esperança
Corpo de mulher
Jeito de criança
Ainda posso imaginar
Tereza a me ninar
Me trazendo confiança
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Nada respondeu
Quando chegou a sua mão
Órfãos pequenos
Veja o coração
De uma pobre mulher
Que deu de colher
Seu leite pra adoção
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E esse seu cabelo
De cabocla indecente
Quem olha para ela
Guarda em sua mente
Seu jeito moleca
Que ver de cueca
O rapaz em sua frente
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Eu tinha que falar
Não posso esconder
A velha que tu é
Gosta de dançar, gosta de beber
Fica rindo a toa
Com cara de coroa
Que paga pra ver
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O desamor que viveu
Parece até praga
Um, dois, três escolheu
Que ficou até fraca
Desistindo de amar
Ainda tenta se casar
Para dar umas gargalhadas
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Ela fez o seu papel
E não deixa a desejar
Lavou, passou, cuidou
Pros seus filhos viajar
Para um mundo diferente
Onde toda essa gente
Fez Tereza calejar
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Gosto tanto de você
Razão da minha vida
Estendendo as minhas mãos
A sua sempre dividida
Com o carinho dos irmãos
Em busca de atenção
De uma mãe tão querida
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Mas na hora do carinho
Mãe melhor não há 
Seu amor Tereza
Vem pra nos acalentar
Palavras calmas
Que transforma a alma
Te perder? não posso imaginar!