segunda-feira, 11 de maio de 2015

Atividades e práticas na disciplina de Arte na Educação.


Trabalhos dinâmicos na área de Arte.  Professora Adriana Leite Campos


        As práticas realizadas pelos alunos de Arte com a professora Adriana Leite, inova esta disciplina restabelecendo um vínculo direto com o sujeito, requalificando atividades artísticas como: projetos estruturantes que estimulam o artesanato com a reciclagem, a criação da poesia de cordel, a dança e a expressão corporal de forma lúdica, onde o aluno participa com a prática de se expressar nestes eventos, desconstruindo totalmente a didática tradicional do ´´Aprender através de conceitos``, desmistificando a ideia da disciplina de Arte ser supérflua, rever a concretização de aprender através do ´´saber`` subjetivo que cada pessoa detém em si e conhecimentos prévios para a inserção da Arte pela criação, e, não pela imitação.

Projeto da Literatura de Cordel





Trabalhando Cordel no Programa Mais Educação





   Projeto pintura na telha, Uma homenagem a Maria Felipa 


Projeto (Meio Ambiente) reciclando, Arte com garrafas PET 

 




Reciclando com garrafas peti, Mamãe e Papai Noel.

Precisa de meia para artesanato cor da pele
Bolas de isopor médias
Lápis permanente vermelho e preto
Pó de arroz
Garrafa peti bujão 1 litro e 2 litros para papai Noel 
Cola quente bastão e pistola
Fitas e babados franzidos dourados e prateados
Fita de Natal dourada larga
Maquina de costura para costurar braços e touca e luvas
1m de oxford vermelho 
Lã branca

Enfie a bola de Isopor na meia e amarre as pontas, faça as mechas de cabelo com a lã e cole com cola quente, depois de costurada a touca cole por cima do cabelo na cabeça do mamãe Noel, o mesmo faça com as luvas. Corte a garrafa peti ao seu estilo, depois forre com axford até a boca e amarre com um pedaço de fita bem forte, tire a tampa da garrafa e recorte as sobras do tecido como na imagem, faça um pequeno buraco no meio dos braços e enfie na boca  da garrafa de modo que os braços fiquem centralizados, cole por ultimo a cabeça, ornamente com fitas e babados ao seu gosto. Obs: deixe a pintura dos olhos e boca por ultimo para não borrar.









 

 
 
 
Reciclando mídias de CDs e DVDs arranhados. Transformando, conhecendo  e contextualizando a mitologia Egípcia. 
Olho de Hórus.





Pintura em telas, Artes da Professora Adriana

Oficina com a Barraca de Cordel, Lampião e Maria Bonita

Teatro da guerra do funil, com Samba de Maria Felipa 


 Dança rítmica, Expressão Corporal

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O que é Cordel




Revista Cordel Encantado.

      A revista Cordel Encantado foi elaborada pela Professora Adriana Leite e colegas do curso de letras 2010.1, com a intenção de associar o cordel e a gramática integrando o aluno ao conhecimento do gênero poético valorizando a cultura em seu meio de forma dinâmica. A revista apresenta os cordelistas, Jotacê Freitas e Antônio Carlos de Oliveira Barreto e suas rimas engraçadas e divertidas, envolvem assuntos atuais da sociedade, despertando o interesse e criatividade dos alunos em todas as séries do ensino fundamental I e II, cada cordel é acompanhado de uma atividade dinâmica com interpretações de textos musicais, caça palavras, palavras cruzadas, adivinhas e cruzadinhas que torna a revista atraente em todos os níveis.




  

O que pensam as mulheres? Folheto de Cordel.


O que pensam as mulheres? Folheto de Cordel.


A professora e agora cordelista Adriana Leite Campos, exibe um cordel inédito no ano de 2013 que reproduz o cotidiano das mulheres brasileiras em geral, o sentimento, a determinação e os desejos femininos, abordando características e influências do governo e da sociedade, transformando a literatura de cordel em uma poesia criativa e divertida protagonizada através da cultura nordestina  que cita a mulher em um gênero poético. 

Trecho do Cordel

´´Mulher pode escolher
Quantos filhos quer ter
Com dia data e hora marcada
Pra não se arrepender

Tenho responsabilidade
Faço amor com segurança
Uso muita camisinha
Tá na bolsa e na lembrança

As mulheres já percebem
Que o PETE é ilusão
Parí pra ganhar mixaria
Atrapalha de montão

A nega fica derrubada
Acaba com a boniteza,
Papai de noite que trabalhar
Mas a bichinha é só fraqueza

Com os filhos desprezados
Sem dinheiro na pobreza
Vive só se lamentando
E tomando uma cerveja

Não seja infeliz
Faça amor sem ilusão,
Seja uma grande aprendiz
Vire dona de salão.

Adriana Leite C. Edição 2013, pág 6 e 7.



Esquecida na Areia, História real da Heroína da Independência da Bahia, Maria Felipa de Oliveira.



A revista foi produzida pela professora Adriana Leite Campos no ano de 2012, com o intuito de revelar uma das histórias reais que se passaram nos anos de 1822 a 1823, justamente quando a Bahia passava por um grande processo de recolonização. Felipa foi uma mulher negra e pobre que exercia a função de marisqueira e vendedora de quitutes na Ilha de Itaparica, ela foi a principal guerrilheira negra que se tem registro, ela defendeu a ilha das tropas portuguesas, liderando um grupo de quarenta mulheres negras e índias, dando uma surra de cansanção nos marujos portugueses, este episódio aconteceu 7 de Janeiro de 1823, data que hoje simboliza a Independência da Ilha de Itaparica, este trabalho busca a cidadania e a resistência negra das mulheres ancestrais, com o objetivo de reescrever a história literária de Maria sem preconceito literário de gênero, valorizando a história e a identidade de um povo junto a cultura popular.


Papel da mulher matriarca em luta pelos seus direitos, ideais 
e o pregresso de uma nação. (trecho da Revista Esquecida na areia).

          Matriarcal é um termo aplicado às formas de sociedades nas quais o papel de liderança e de poder é exercido pela mulher e especialmente pelas mães de uma comunidade. Matriarca deriva do grego (mater-mãe), (arca-reinar, governar); a mulher matriarca exerceu grande influência durante gerações. Vênus segundo a mitologia grega antiga, apresenta um elevado estatuto social e referencia à fertilidade, símbolo de segurança, sucesso, bem-estar e proteção, na África ama, significa mãe, mães que foram matriarcas no passado, ´´Rainhas Mães``, ´´Candaces``, conceito através do qual a força da mulher negra faz presente em lutas e conquistas no legado matriarcal, negras que venceram o tempo e as distâncias.
          Nefertite reinou no Egito por mais de uma década durante o apogeu de uma civilização que influenciou toda humanidade, ela implantou reformas culturais e religiosas, foi reverenciada por sua beleza negra e governou ao lado de Amenófis IV, com status equivalente ao dele.

          Maria Felipa é considerada uma Candace, representa as mulheres negras herdeiras do laço afro que gerou da bravura em sua ancestralidade. PLATÃO  ´´...fornece prova da preexistência, da espiritualidade e da imortalidade da alma, estabelece ponte entre a vida antecedente e a vida presente, dá valor ao conhecimento sensitivo, reconhecendo-lhe o mérito de despertar a recordação das ideias``. (MONDIN 2007, p. 71).  

                                             (Arte, Professora Adriana Leite Campos 2014)



Cordel

Igreja que escolhe onde quer ficar
Histórias contadas pelo povo de cá
Santo Amaro do Catu Alegre a cantar
Chamando o povo pra festa de lá.

Jiribatuba contente abraça a festa
Quem chega e quem vem a velejar
A procissão marítima remando a velar
Contando histórias que dá o que falar.

Um verde permanente existe nessas terras
Que meras o sol pudesse apagar
Vera Cruz Itaparica abraço apertar
O povo que chega até eu vou ficar.

Paraíso encantado, desenhado por Deus;
É tão lindo e cheiroso como o perfume do mar
Vera Cruz enfeitiça os olhos meus
Os teus se embriagam com a fauna a voar

Gostoso é o peixe, 
Grelhado, assado
Moqueca escabeche,
Vermelho ou dourado

Siri, chumbinho,
Lambreta e sururu,
Tudo é pescado
Na praia do Catu


A brisa da praia
Salga a nossa pele
As lendas do mar
Até hoje nos protegem

A negra ganhadeira
Esquecida na areia
Maria Felipa 
Enaltecida e guerreira.

Define o filosofo que a palavra nos traz
Que rainhas africanas herdam seus ancestrais
Vivendo nas lutas nos dias atuais
Fazendo campanha a favor da paz.



Este poema é em homenagem a Maria Felipa de Oliveira e todas as mulheres consideradas Candaces africanas,  mulheres que lutam contra o preconceito de gênero, etnia e classe social.

                                                                                 Adriana Leite Campos.


Título Maria Felipa da Contemporaneidade 2014


A publicação da Revista Esquecida na Areia, rendeu para a Professora Adriana Leite Campos, o título Maria Felipa de Oliveira, por contribuir com suas ações na transformação do meio onde vive no ano de 2012, título este, concebido pela casa de Maria Felipa de Oliveira e Centro de Visitação, Estudos, Pesquisas e empreendimentos Étnico Culturais.  






 Apresentação de Cordel, na entrega de Títulos Maria Felipa em 2016.

Centro de visitação, estudos, Pesquisas e Empreendimentos Étnico-Culturais  
Casa de Maria Felipa


 


Literatura de cordel

Maria Felipa

Em nossa Contemporaneidade

2016






Natural de Itaparica
Rainha da Resistência
Enganando os portugueses
Com sua experiência
De uma grande sedutora
Trabalhou a vida toda
Em busca da Independência

Sua força hereditária
Defensora da nação
Convenceu de boca em boca
Aquela população
Remando sua jangada
Construindo sua estrada
Região por região

A mulher escravizada
Muito castigo levou
Mas dona Maria Felipa
A cabeça levantou
Recusou naquele tempo
Ser levada pelo vento
Sua luta começou

Pegou seu artilhamento
Se armou com cansanção
Amarrou em sua cintura
Urtiga, arruda e facão
Os jumentos já corriam
Quando de longe há viam
Com medo da coçação

Em nosso contemporâneo
Muita coisa já mudou
Viva sua transcendência
Faça isso com amor
Mas se abusarem dela
Pegue o cabo de panela
O preconceito acabou.





Professora Adriana Leite Campos

Ano 2016




Maria Felipa de Oliveira, participação no desfile cívico do aniversário de 55 anos de emancipação da Ilha Vera Cruz, BA. 2017.
Professora: Adriana Leite Campos





Vídeo do desfile da Casa de Maria Felipa no 2 de Julho de 2012 e 
apresentação da Oficina Afro Baiana na Faculdade de Ciências Educacionais - FACE
com a exposição da história da Heroína da Independência Maria Felipa.


 

 
 
Desfile da Casa de Maria Felipa no 2 de Julho, Bicentenário da
 Independência 2023

Casa de Maria Felipa Curuzu, Salvador -BA

Professor Ricardo Vieira e Professora Adriana leite Campos

Professora Lucineide Santos Vieira (ao centro)